sábado, 20 de março de 2010

Já sentiste?


Já sentiste o sopro do vento na tua cara? Já sentiste as ondas a rebentarem em cima de ti? Já sentiste o cheiro de uma flor? Já sentiste a beleza a percorrer o teu ser?
A beleza de tudo que te rodeia. A beleza das ondas a romperem na areia, a beleza da areia a percorrer todos os centímetros do teu corpo, a beleza do impossível e inexplicável. A beleza que tudo à tua volta tem e que tu nunca reparaste.
Sentir o vento a passar pela tua cara, tão calmo e sereno mas ao mesmo tempo selvagem e irresponsável. Uma certeza incerta esta nossa vida. Este nosso local de repouso momentanêo. Este local perfeito. Este local que nada de certo tem, como nada de incerto.
Quando olhas á tua volta tu não vês! Não vês a beleza de algo que não tem preocupações, a beleza de algo que nada tem a perder como nada a ganhar. Algo desejável e detestável. Algo como nós.
Nós somos incertos, mas a beleza infinita duma pradaria não é.
Um simples olhar para ela faz-nos apaixonar. Ela é perfeita. repleta de amor e beleza. Repleta de paixão e proeza. Repleta de (in)certezas.
Se a vida fosse como um simples arco-íris que se forma no céu brilhante. Algo repleto de alegria e magia. Mas a vida pode ser assim! Simplesmente ser como uma pradaria.
A vida pode ser uma alegria, só a tens que encher de magia.

sábado, 13 de março de 2010

Quem?



Estou sozinha num infindável abismo, ninguém ousa puxar-me para cima, ninguém ousa pedir ajuda, ninguém ousa ouvir os meus gritos de desespero. Esse abismo é a minha vida. Um enorme buraco vazio. As pessoas passam por ela, mas nunca ousam entrar e me salvar.
Estou sozinha porque nunca me agarrei a quem devia. Agarrei-me a quem não valia a pena.
Estou sozinha, porque sozinha nasci.
Grito, grito, grito... mas todos fazem ouvidos de mouco, e finge não me ouvir. Ninguém se quer tenta...
Sozinha é uma palavra tão triste e solitária. Feita com angústia e desespero. Eu não quero ser assim. Quero-me esforçar para até ao topo chegar. Mas o abismo torna-se cada vez maior.
Quem é que me ousa salvar?

terça-feira, 9 de março de 2010

Um segundo de cada vez



Perdi-me no momento, perdi-me nos teus olhos, perdi-me nos teus lábios, perdi-me em ti. Em tudo o que eras e tudo o que não eras. Tudo o que representavas e eu esperava que representasses.
Perdi-me nesses teus olhos, que por sinal não são os espelhos da alma. Porque eu da tua alma nada vi.
Agora estou perdida não só de mim, mas também de ti.
Perdida de tudo o que fui e esperei ser. Tu preenchias o vazio deixado, mas agora que foste esse vazio voltou. Talvez tu não o preenchesses mas a ideia de ti o fizesse. Porém nem tu nem a ideia estam aqui. E eu perdida fiquei.
Podes me ter partido, mas não se pode partir o que nunca esteve junto.
Eu perdi-me e escondi-me no passado porque lá tudo era perfeito.
O que deixaste no ar foram meras certezas do que nunca fomos. Nunca fomos um.
A fragilidade apoderou-se de mim, mas não vou deixar que me guie. Vou lutar pelo o que sempre quis, mesmo que seja um segundo de cada vez, um minuto de cada vez, um dia de cada vez. Porque se algo merece ser lutado por sou eu, e de mim nunca desistirei.
Adormeci no passado, adormeci sobre as tuas recordações, mas não vou adormecer da minha vida.
Frágil, destroçada, perdida, mas prestes a ser encontrada.

quarta-feira, 3 de março de 2010

As palavras que nunca te direi


Eu nunca as te direi porque nem eu as sei.
O que significas para mim é como um mistério, um mistério que quero descobrir, mas que ao abrir, tenho que o fechar porque me assusta.
Compreende o que me assusta não és tu, mas o que tu representas para este coração novo e meu.
As palavras que nunca te direi por medo de rejeição, e por medo de admitir. Tu significas algo que nunca pensei que fosses significar.
Agora contento-me ao olhar para ti, a ouvir-te rir, a ouvir-te falar... porém e se no futuro isso não chegar ou se no futuro isso for demais... tu és uma enorme confusão que nasceu para me fazer sair de mim própria.
Quem me dera a mim saber as palavras que nunca te direi. Dá-me uma ajuda, este coração não foi feito para o desconhecido, sempre procurei saber tudo e pensava que o sabia até tu apareceres. Fizeste-me deixar de crer no que cria, e fizeste-me pela primeira vez não saber. Não saber que significas, saber o que sentes, saber as palavras que nunca te direi.
A incerteza é a coisa que mais detesto e logo a coisa que tu me trazes.
Essas tais palavras que nunca te direi são as que mais me confundem, porque nem eu sei quais são... kem me dera saber... kem me dera conseguir saber o que sentes por mim.... mas o mundo é assim nunca podemos saber o que verdadeiramente a outra pessoa sente. Mas neste momento a incerteza vou tentar aguentar.
As palavras que nunca te direi quero descobrir, será que me vais dizer quais são?
Ajuda-me. Diz-me as palavras que nunca te direi.

Ps: maneira que mais uso para perceber o que se passa kmg, vamos lá ver se as palavras que nunca te direi vão aparecer.

AnaMedeiros

O oceano não nos à de levar


Fui me abaixo, tudo à minha volta apagaou-se. Só sinto os fundos do oceano a puxarem-me, eles querem-me abraçar, querem-me só para eles, eu estou pronta para os deixar, estou pronta para levar um abraço tão profundo como este, estou quase a chegar ao fundo, o ar pára de circular, o corpo de se mexer, os olhos começam a fechar... de repente sinto algo a me puxar... penso que algo me está a impedir de abraçar os fundos do oceano... abro os olhos e vejo mãos tão delicadas a me puxar... o que é que aquilo será... tento descobri e de relance vejo umas caras, vejo uma luz que me encheu de amor e carinho, uma luz que parecia me dizer para não desistir, uma luz que tanto brilhava como tanto se preocupava com o meu destino, de certeza que não me queria ver afogar. Agora consigo vislumbrar as caras, parecem me tão familiares, tão carinhosas e preocupadas, mas a minha memória estava me a falhar, quem seriam os portadores daquelas caras e mãos. Seria alguém que me detestava ao ponto de não me deixar dar aquele último abraço ao oceano... ou seria alguém tão egoísta que queria decidir a quem deveria abraçar... mas de repente o meu cérebro encontrou nomes para aqueles que não me largavam... chamavam-se amigos. Amigos? O que seriam? A única definição que me lembrava era a que encontrava no dicionário, que tinha lido em nova. Amigo_aquele que estima outra pessoa. Que estima? Mas por alguma razão algo me dizia que não era só aquilo... algo me dizia que ali estava uma coisa que valia lutar por... de repente algo em mim despertou, comecei a nadar contra os braços do oceano, para as mãos deles. Eles fortaleceram-se e em conjunto puxaram-me do abismo. Pela primeira vez em muito tempo, senti-me segura, amada, protegida... Segura,amada e protegida por aqueles de quem não me recordava. Não me recordava deles, mas parecia que os conhecia desde sempre. O oceano já não me estava lá para puxar... estavam-me é eles a puxar para a vida. Acordei, e chorei... nunca houvera pensado que alguma pessoa poderia sentir algo assim por mim, quanto mais tantos...Eles eram como a razão de tudo, a razão do meu existir e isso por algum facto agradava-me.
Recuperei a sanidade, mas não me conseguia levantar, parecia que o oceano ainda estava ali para me puxar... mas eles não se deixaram vencer, pegaram em mim... não me conseguia sentar, eles sentaram-me por mim, não conseguia rastejar eles rastejaram por mim e comigo... não conseguia me levantar eles puxaram por mim... quando o fizeram deu-me a sensação que o oceano há muito que tivera desaparecido... Levantaram-me, com todas as suas forças, com todos os seus corações e eu novamente comecei a chorar por algo assim tão profundo é de chorar por... pôs-me em pé e com eles ao meu lado comecei a caminhar, apesar das dores e dificuldades sentia me melhor que alguma vez me sentiria ou poderia vir a sentir... senti a melhor sensação de todas o amor... Desisti das recordações do passado, e concentrei me em tudo o que queria vir a passar com eles, e foi aí que comecei a caminhar com eles a meu lado, mas sozinha nos passos. Vacilei eles agarraram-me, continuei e eles continuaram comigo. E logo soltei o maior dor risos, o riso da minha felicidade... E foi esse o momento que me recordo quando penso em amor, gratidão, generosidade, carinho... e de verdadeira amizade.
O oceano ficou para trás, e para a frente só eles estão. Dei-lhes as mãos e caminhámos ao longo da praia até casa... sentámonos e vivemos o resto das nossas vidas juntos, olhando uns pelos outros, e quando um de nós caía os outros íam até ao oceano e puxavam-no.
A verdadeira amizade é aquela que é maior que tudo o resto, e nem os mortais conseguem sentir, algo divino que somente poucas pessoas podem sentir. EU AGRADEÇO PÔR A SENTIR.

Ps: este texto é dedicado a quem percebe o que digo, e à Sandra, Maria, Vanessa, Tiago e Ana Luísa.Aos meus pais e principalmente a Deus. Amovos. Juro que de todos os textos qeu já escrevi este é o que é mais verdadeiro.
Comentem.

AnaMedeiros

Imagine


Não é um texto meu, mas é uma música que acho que devia ser mais que uma canção. Imagianr levanos mais longe, temos é que nos unir para ser mais que imaginação.
Vou publicar em inglês porque a letra é mais bonita assim, se depois quiserem em português, digam :D

IMAGINE (música de John Lennon, na versão do Glee)
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace

You may say that I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will be as one

Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world

You may say that I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will live as one

As histórias

As histórias que invento para me agradar, que me fazem desviar da verdade, que me penetra e aleija. Essas histórias fazem me sentir bem, durante algum tempo, mas quando abro os olhos para o mundo...só me fazem ainda mais triste.
A realidade é tão dura... o mundo arranja sempre maneira de nos mandar abaixo... mas quando estamos nas nossas histórias tudo é bonito e bom, durante uns segundos...
A decepção instala-se em nós sempre que os nossos olhos se abrem, e olham à volta.
E perguntamos-nos a nós próprios: " O mundo será assim um lugar tão horrível, onde somente os sonhos nos ajudam a sobreviver?" ou "Será a tua falta que o faz tão mau?"
A minha história perfeita seria uma aonde tu tivesses. Mas as histórias não passam disso, histórias.
Quem me dera que a nossa história pudesse passar disso.